Mensagem da Presidente

O Futuro dos Hospitais

Quando queremos falar em Futuro nos Hospitais, invariavelmente o tema centra-se na tecnologia, no doente como centro do sistema, e nas alternativas que aumentam a eficiência aos recursos existentes e eficácia no objeto do próprio hospital, ou seja diagnóstico precoce, modalidades terapêuticas cada vez mais complexas e personalizadas.

Falamos então em telemedicina (alavancada durante a pandemia), em maior integração de dados, fundamental a interoperabilidade para que programas diferentes comuniquem entre si e não se desperdice, nem tempo nem dinheiro; mas também robots que acrescentam precisão e eventual “expertise” à distância na cirurgia ou são capazes de fazer, mais uma vez com grande eficiência, tarefas absolutamente aborrecidas e repetitivas, de modo seguro e fiável, mas que ainda assim, devem ser permanentemente monitorizadas; também falamos de Inteligência Artificial para análise de dados médicos complexos, múltiplos, e que podem pôr à disposição algoritmos e aprendizagem de máquina que permitam identificar melhores decisões e desenvolver tratamentos personalizados e de valor acrescentado para os doentes.

É disto que falamos quando se fala em Futuro.

Restam, do nosso ponto de vista, problemas que é necessário compatibilizar, nomeadamente a Saúde Mental, que não se compadece apenas com rearranjos tecnológicos, sendo que esta tecnologia pode ela própria ser indutora de desequilíbrios do ponto de vista mental, e portanto na vida das pessoas e o envelhecimento da sociedade, que tem sido um dos paradigmas do desenvolvimento, e que centrando a saúde nas pessoas, provavelmente estará muito dependente dos cuidados de proximidade e da rápida acessibilidade a terapêuticas cada vez menos invasivas mas não menos complexas. Para estas pessoas, mais velhas, provavelmente no que temos que pensar será sempre, e depois do hospital? Daí a importância da integração de planos e percursos terapêuticos entre hospitais e cuidados de saúde primários e comunidade que nem sempre têm sido fluídos e fáceis, mas que serão seguramente o Futuro.

No CHLO temos acrescentado valor nos investimentos que temos feito, quer investimentos feitos para a pandemia, que quisemos que não fossem todos de ocasião, mas que servissem para o futuro, quer na gestão energética, quer ainda em tecnologia de informação, na acessibilidade aos serviços do CHLO, na transformação digital, na simplificação de processos, no hospital sem papel, nos cuidados personalizados, em tecnologia de ponta para cirurgias, nos centros de referência, etc. Nos últimos 3 anos, investimos 42 milhões de euros, que esperamos terem sido sempre com vista a este futuro de que queremos fazer parte, e sem desperdícios, com mais valias para doentes, familiares e profissionais que aqui trabalham.

Rita Perez

Atualizado em 31 março 2023

Publicado por Gabinete de Comunicação

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