Direcção
Direção: Dr. Pais Martins Assistente Graduado Sénior
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Administradora Hospitalar: Dra. Isabel Cabral
Secretária do Serviço de Medicina Intensiva: Carla Leitão
Certificação de Acreditação Área de urgência e Cuidados Intensivos (UCI-1)
Actividade Assistencial
O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO) tem a seguinte estrutura:
Internos de Formação Específica de Medicina Intensiva Dra. Marta Maio Herculano Dra. Filipa Feliciano Dr. Gonçalo Guerreiro Dra. Teresa Miranda Dra. Rosário Cardoso Dr. Ricardo Carnevale Dr. David de Sousa Dr. João Fustiga Dra. Inês Gomes Dra. Inês Medeiros Dra. Michelle Coutinho Dra. Eliana Silva Dr. Duarte Medeiros |
Médicos em Formação em Medicina Intensiva “Via Clássica” Dr. Diogo Santos Dr. Hugo Moreira Dra. Inês Antunes Dr. João Torres Dr. João Tavares* Dr. Pedro Santos Dra. Rita Santos Dr. João Frutuoso Dra. Ana Rita Barradas Dr. Ricardo Sousa Dr. Ivo Castro Dra. Maria João Correia Dr. Francisco Adragão Dr. José Pedro Cidade |
A história da medicina intensiva no CHLO está intimamente ligada às UCIs que compõem o SMI.
A UCIP do HEM (UCI-1) é uma das mais antigas UCI de Lisboa, criada há 42 anos e mantendo-se em funcionamento desde então, inicialmente designada Unidade de Cuidados Intensivos Geral (Geral), era fundamentalmente uma unidade aberta, em que médicos das diferentes especialidades admitiam e tratavam os doentes, havendo continuidade dos cuidados com uma escala de médicos de urgência que garantiam a tarde e a noite. O primeiro diretor da Unidade foi o Dr. Eduardo Beltrão e a 1ª Enfermeira Chefe a Enfermeira Isabel Caldas; posteriormente a direção da Unidade foi assumida por outros médicos: Prof. Sales Luís, Dr. Vasco Araújo e Dr. Sousa Uva. Em 1993 assistiu-se a uma renovação do quadro médico, após concurso que conduziu à vinda de quatro médicos com treino em cuidados intensivos e de um novo diretor com reconhecidos méritos na área do Intensivismo, o Professor Doutor Pedro Abecasis. Houve modernização nos equipamentos da UCIG, que tinha 6 (seis) camas, com introdução de tecnologia de suporte renal contínuo. Com o alargamento do quadro médico para seis Assistentes Hospitalares a partir de 2002 a equipa passou a ser responsável pela Unidade de Cuidados Intermédios (UCINTER), com 6 camas. Inaugurada em 11 de outubro de 1996 as novas instalações da UCI-3, tem capacidade para 11 doentes. Desde então assistiu-se a uma enorme evolução, com introdução de novas técnicas de monitorização e maior diferenciação e alargamento do quadro médico e de enfermagem.
A UCIC do HEM (UCI-2) teve como embrião a UCINTER-NC, integrada no Serviço de Neurocirurgia. Esta Unidade, criada para dar apoio aos doentes neurocirúrgicos, passou a partir de 1995 a designar-se UCIC e a ser da responsabilidade do Serviço de Anestesiologia, possibilitando a utilização de técnicas terapêuticas e de monitorização progressivamente mais diferenciadas, de acordo com a evolução da Neurocirurgia e Neuroanestesia. Em Maio de 1998 transitou para um espaço próprio, com instalações criadas de raiz para este efeito, mantendo-se a responsabilidade e orientação clínica do Serviço de Anestesiologia. Dirigida pelo Dr. Carlos Guinoth de 1998 a 2006, Dra. Ana Ferreira de 2006 a 2014 e Dr. Manuel Chedas desde 2014. De 1998 a 2007 teve como responsável a Dra. Maria Júlia Mendes, nomeada Coordenadora em 2007 e desde 2018 tem como Coordenador o Dr. Pedro Freire. É uma Unidade vocacionada para o tratamento do doente crítico do foro cirúrgico, mantendo uma especial aptidão para o doente neurocrítico.
A UCIC do HSFX (UCI-3) foi inaugurada em 1997. A abertura do Hospital de São Francisco Xavier (HSFX) e do Serviço de Urgência neste ano, levaram à criação de uma UCI vocacionada para o tratamento do doente crítico do foro cirúrgico e traumatológico, cuja responsabilidade e orientação clínica foi entregue ao Serviço de Anestesiologia. Dirigida pelo Dr. Rui Tavares desde 1987 até 1999, a que se seguiu a Dra. Ana Ferreira até 2014, ano em que o Dr. Manuel Chedas passou a dirigir o Serviço. Teve como Coordenadores a Dra. Neusa Pacheco e a Dra. Rita Perez. De 2010 a 2022 o Dr. Pais Martins foi o coordenador da Unidade, a Enfª Fernanda Leal é a enfermeira chefe e a Enfª Maria João Baptista a coordenadora de enfermagem. Marco histórico na vida da UCIC foi a mudança para as novas instalações localizadas no piso -1, inauguradas no dia 7/11/2011. Ao longo de 31 anos de existência foram admitidos na UCIC milhares de doentes, movimento assistencial que coloca a UCI.3 num plano de extrema importância no tratamento do doente crítico em Portugal. A UCI-3 admite todo o tipo de doentes mantendo, historicamente, uma especial qualificação para o tratamento do doente cirurgico e politraumatizado, em particular o doente neurotraumatológico.
A UCIP do HSFX (UCI-4) foi inicialmente denominada Unidade de Cuidados Intensivos Médicos (UCIM). Estava integrada no Serviço de Medicina tendo como Diretor o Prof. Doutor Armando Salles Luís. Do ponto de vista organizativo possuía 4 camas para doentes coronários agudos e 4 camas para doentes críticos com patologia médica. Após a criação de uma unidade cardiológica, a UCIM passou a ter toda a sua lotação com camas de nível III. Com a criação do CHLO, a UCIM passou a ter uma vertente mais polivalente e a partir de 2008, passou a ser autónoma e a designar-se UCIP. Desde 2006 a coordenação passou a ser assumida até ao presente pelo Professor Doutor Pedro Póvoa, tendo o Enfº Fernando Pinheiro e mais tarde a Enfª Mavilde Vieira como Enfermeiro-Chefe, sendo o enfermeiro coordenador o Enfº José Sempere. Ao longo dos seus 31 anos de existência a UCIP tratou milhares de doentes de diferentes áreas. A UCI-3 tem sido inovadora em várias áreas nomeadamente da ventilação mecânica e da infecção/sépsis e biomarcadores, e está envolvida na investigação clínica. Para além da formação pós-graduada a UCIP colabora desde 2010 na formação pré-graduada da NOVA Medical School |Faculdade de Ciências Médicas da UNL. Da proximidade com a UCI-4 resultou a elaboração de um programa formativo reconhecido pela OM tendo sido atribuída idoneidade às UCIs do HSFX em 2010.
O Regulamento do SMI do CHLO foi aprovado em Reunião do Conselho de Administração a 6 de fevereiro de 2019. Mas só em dezembro de 2021, com a aprovação do novo Regulamento Interno do CHLO E.P.E, foi institucionalmente criado o SMI.
O SMI é uma estrutura orgânica do CHLO incluída na Área do Doente Crítico, que agrupa diversas áreas funcionais e que presta assistência, ensino pré e pós-graduado e investigação na área do doente emergente/crítico.
O SMI teve um papel relevante no panorama nacional durante a pandemia COVID-19. A expansão da capacidade instalada, através de um esforço concertado entre a administração do CHLO e a ARSLVT, com um desempenho ímpar dos seus profissionais, permitiu salvar centenas de vidas humanas. Foi um dos Centros Hospitalares que mais doentes recebeu a nível nacional, contabilizando mais de 800 doentes admitidos desde março de 2020. A par do CHULN e o CHULC, o CHLO constitui-se como o Centro do Eixo de Referenciação em Medicina Intensiva, que integra os Hospitais de Cascais, Garcia Orta e os Centros Hospitalares de Setúbal e Barreiro-Montijo.
É missão do SMI a organização e coordenação dos recursos existentes no CHLO com a criação de áreas dirigidas à assistência clínica, à investigação e à formação pré e pós-graduada que visem contribuir para maior eficiência técnica e social, promover uma maior qualificação, rentabilização das estruturas e melhor prestação de cuidados.
Ensino e Investigação
O SMI tem como um dos seus principais objectivos a formação contínua dos elementos profissionais que o compõem, na procura constante da actualização científica e profissional e consequentemente na melhoria contínua dos serviços prestados aos utentes que procuram o serviço.
A ligação institucional do CHLO e, em particular, do SMI à NOVA Medical School|CHRC (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa) através do Professor Doutor Pedro Póvoa (Coordenador da UCI-4), permite que os alunos desta faculdade realizem a rotação de Medicina Intensiva no SMI. A ligação a várias faculdades do Brasil tem também permitido o estágio de internos brasileiros na UCI-4.
A componente formativa pós graduada do SMI tem uma história de décadas. Vários médicos especialistas em Medicina Interna, Anestesiologia, Cardiologia e outras especialidades têm efetuado a especialização em Medicina Intensiva no SMI. Vários programas de doutoramento estão em curso e vários médicos concluíram com êxito assinalável os seus programas de doutoramento.
Com o reconhecimento da Medicina Intensiva como área de especialidade primária em 2016, o SMI tem Internos de Formação Específica de Medicina Intensiva, Especialidade que tem a duração de cinco anos. Atualmente encontram-se em formação 10 internos da Especialidade. Vários médicos do SMI são monitores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
O SMI é também responsável por diversos estágios pré-graduados e estágios profissionalizantes na área profissional de enfermagem.
O SMI participa anualmente em múltiplos ensaios internacionais e nacionais multicêntricos, integra diversas redes e colaborações internacionais, de que resultam dezenas de publicações.
Importa também referir que vários médicos do SMI são formadores credenciados em cursos de referência como o EDIC, ATLS, ETC, SAV, Curso de Infeção e Sépsis e FCCS.
Informação aos Utentes
O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) da Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental (ULSLO) dedica-se ao diagnóstico e tratamento de situações de doença crítica, potencialmente reversíveis, em doentes que apresentem falência iminente ou estabelecida de uma ou mais funções vitais. Os doentes submetidos a cirurgias importantes podem também necessitar de internamento no SMI, onde estes cuidados e os sistemas de suporte de vida têm um papel determinante na recuperação.
Durante a sua permanência (ou a de um seu familiar) numa das Unidades do Serviço de Medicina Intensiva, poderá haver necessidade de ser submetido a alguns procedimentos de modo a controlar a sua situação clínica.
Estes procedimentos ser-lhe-ão explicados antes de serem realizados e ser-lhe-á pedido o seu consentimento em caso de necessidade.
No caso de não ser capaz de tomada de decisão (por se encontrar inconsciente ou confuso, pelos efeitos da sua doença ou como efeito secundário dos tratamentos ministrados) o seu representante legal/procurador de cuidados tomará o seu lugar nessa decisão. No caso de haver risco sério e imediato para a saúde e/ou vida do doente e não existir tempo para obtenção do seu consentimento expresso, prevalece o dever de agir de acordo com o princípio de beneficência consagrado na ética da saúde, assumindo-se consentimento presumido.
ACESSOS VASCULARES E TÉCNICAS DE SUPORTE HEMODINÂMICO
É um cateter inserido numa veia central, jugular (região do pescoço), subclávia (abaixo da clavícula) ou femoral (na perna, região da virilha) para monitorização da pressão venosa central e administração de medicamentos.
Quais os benefícios?
Estes cateteres permitem a:
- Manutenção de um acesso venoso por longos períodos, evitando a realização de múltiplas punções;
- Infusão de grandes quantidades de líquidos ou medicamentos, que não são suportados pelos acessos venosos periféricos comuns;
- Administração de medicamentos que podem provocar irritação quando ocorre extravasamento a partir de um acesso venoso periférico,
- Colheita de análises;
- Realização de hemodiálise, em situações de urgência;
- Realização de transfusão de sangue ou de hemoderivados;
- Administração de nutrição parentérica, quando não é possível a alimentação.
Quais os riscos?
As principais complicações associadas à colocação de cateteres centrais são a hemorragia, infeção e perfuração acidental da pleura. Importa salientar que estas complicações são raras.
É um cateter inserido numa artéria (punho, braço ou na coxa junto à virilha), permitindo constante visualização da pressão arterial e colheitas de sangue para análise sempre que necessário. Permite também vigiar os níveis de oxigénio no sangue.
Quais os benefícios?
Estes cateteres arteriais são usados quando o doente precisa de vigilância da pressão arterial de uma forma continua.
Quais os riscos?
As principais complicações da colocação de um cateter são a hemorragia e a infeção, mas são muito raras.
É um cateter inserido numa artéria, geralmente na coxa junto à virilha, que, associado à ligação a um cateter venoso central permite monitorização hemodinâmica avançada, ajudando a diagnósticos, decisões terapêuticas e titulações de fármacos.
Quais os benefícios?
Nos doentes com função cardíaca muito comprometida, a colocação de um cateter arterial PICCO permite a monitorização contínua da pressão arterial, do débito cardíaco e de outros parâmetros cardíacos que no seu conjunto são um complemento ao diagnóstico e fornecem informação orientadora das decisões terapêuticas.
Quais os riscos?As principais complicações da colocação de um cateter são a hemorragia local e a infeção local ou sistémica e a trombose da artéria, mas são muito raras.
Trata-se de um electrocateter colocado através de uma veia central (pescoço, abaixo da clavícula, ou na coxa junto à virilha) ventrículo direito em situações de ritmos cardíacos muito baixos (bradicardia) ou muito irregulares (algumas arritmias).
Este procedimento é habitualmente efetuado em situações urgentes ou emergentes que ameaçam a vida.
Quais os benefícios?
Trata-se de um dispositivo temporário é colocado em situação de urgência. Pode manter-se durante vários dias até à correção de eventuais situações que tenham causado a bradicardia (alterações iónicas ou efeito de medicamentos) ou até à colocação de um pacemaker permanente.
Quais os riscos?
O procedimento é geralmente seguro, sendo raras as complicações graves.
As complicações mais frequentes incluem deslocação do eletrocateter, hemorragia ou hematoma no local da implantação, sobretudo se estiver a tomar medicamentos que tornam o sangue mais fluido (anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários).
Outras complicações são: perfuração acidental do coração com acumulação de sangue na cavidade do pericárdio (a membrana que envolve o coração), com necessidade de drenagem percutânea ou excecionalmente correção cirúrgica.
TÉCNICAS DE SUPORTE RESPIRATÓRIO
Ventilação mecânica é uma forma de respiração artificial que usa um aparelho respiratório (ventilador) para ajudar os doentes na respiração.
Quais os benefícios?
A ventilação mecânica é usada quando os pulmões não se encontram a funcionar bem. Este suporte respiratório pode ser usado para ajudar a levar oxigênio suficiente para o corpo e remover dióxido de carbono. Exige a manutenção de um acesso direto à traqueia, sobretudo, por intubação traqueal.
Este método ventilatório deve ser considerado, sempre que se verifique que o doente tem a via aérea obstruída ou que é incapaz de manter a respiração espontânea e se observam sinais clínicos e laboratoriais compatíveis com dificuldade ou incapacidade respiratória.
Quais os riscos?
Os doentes sob ventilação mecânica correm maior risco de desenvolver infeções nos pulmões, designadas por pneumonias. Ocasionalmente, os doentes podem desenvolver colapso de um ou dos dois pulmões (pneumotórax) devido à pressão usada para empurrar o ar para dentro dos pulmões. Ambas as complicações requerem tratamento, no caso das pneumonias com antibiótico e no caso dos pneumotórax com a colocação de um dreno dentro da cavidade torácica para permitir a expansão do pulmão.
É um procedimento no qual o médico insere um tubo na traqueia, de forma a manter uma via aberta até ao pulmão e garantir a respiração adequada. Esse tubo é ligado a um aparelho respiratório (ventilador), que substitui a função dos músculos respiratórios, empurrando o ar para os pulmões.
Quais os benefícios?
Está indicada quando o médico precisa ter controlo sobre a respiração da pessoa, o que acontece mais frequentemente durante cirurgias com anestesia geral ou para manter a respiração em pessoas internadas em estado grave.
Quais os riscos?
A complicação mais grave que pode acontecer numa intubação é a colocação do tubo no esôfago
Se não realizada por um profissional de saúde, a intubação pode ainda causar lesões nas vias respiratórias, hemorragia e levar à aspiração de vómito para os pulmões.
A Traqueostomia é uma técnica que consiste na realização de um orifício, que os otorrinolaringologistas ou médicos intensivistas fazem na parte frontal do pescoço e na traqueia, através do qual é introduzida uma cânula para manter este orifício aberto para o doente conseguir respirar. Uma traqueostomia fornece uma passagem de ar para ajudar o doente a respirar quando a estrutura usual para a respiração está de alguma forma bloqueada ou reduzida. Uma traqueostomia é frequentemente necessária quando há dificuldades em conseguir a autonomização do ventilador.
Na maioria dos casos em UCI, a traqueostomia tem um carácter provisório, porém nas situações em que não há recuperação ou melhoria da situação, esta pode ser definitiva.
Este procedimento é realizado nos doentes em que se prevê um tempo prolongado da ventilação mecânica ou em que não haja recuperação de um estado consciência que permita a extubação.
Quais os benefícios?
Permite maior conforto para o doente e permite, mais tarde, que o doente fale pelo orifício da traqueostomia, com uma cânula apropriada. Em alguns casos, facilita o processo de autonomização ventilatória.
Quais os riscos?
A traqueostomia é geralmente um procedimento seguro, mas como todos os procedimentos apresenta riscos. Algumas das complicações estão relacionadas com o período após o procedimento (complicações agudas), as outras podem ocorrem nas situações em que é preciso manter a traqueostomia por um período mais prolongado.
Complicações agudas incluem:
- Hemorragia
- Lesão do esófago
- Problemas de cicatrização
- Infeção
- Entrada de ar para a pele (designado de enfisema subcutâneo)
As complicações mais tardias incluem:
- Traqueomalácia (lesão das cartilagens da traqueia)
- Estenose da traqueia (“aperto” na traqueia)
- Fístulas (comunicações anormais da traqueia com o esófago ou com a pele)
TÉCNICAS DE SUPORTE RENAL
Quando os rins não conseguem filtrar o sangue adequadamente, ocorre acumulação nociva de substâncias.
Esta acumulação de toxinas e iões, aumenta o risco de arritmias, insuficiência cardíaca, alterações do estado de consciência e potencialmente a morte.
Em situações de insuficiência renal grave, a hemodiálise surge como uma opção para restabelecer esse equilíbrio. Durante o procedimento, uma máquina executa a função que o rim comprometido não consegue desempenhar. Ela retira o sangue do paciente, depura-o e é posteriormente reintroduzido no organismo depois de filtrado.
No doente que é candidato à diálise é colocado um cateter venoso central que fica conectado à máquina de Hemodiálise. O cateter venoso é colocado numa veia central, Jugular (região do pescoço), subclávia (acima da clavícula) ou femoral (na perna, região da virilha).
Durante a hemodiálise, o sangue é filtrado por um dispositivo chamado dialisador, que atua como um “rim artificial”. O fluxo sanguíneo durante a hemodiálise passa por um monitor de pressão, uma bomba de sangue e uma bomba de heparina para prevenir a coagulação.
A máquina de diálise bombeia o sangue através do filtro e reintroduz no corpo. Durante todo o processo, a máquina monitoriza a pressão arterial e regula o fluxo de sangue no filtro, removendo fluidos do corpo.
A hemodiálise é realizada de forma contínua ou intermitente nas Unidade de Cuidados Intensivos.
Quais os benefícios?
O benefício da realização da diálise continua (24h/dia), em UCI, é permitir depurar o sangue do doente de uma forma mais estável e muito mais bem tolerada, comparativamente com a diálise convencional. A diálise em UCI funciona como suporte de órgão que permite “proteger” o rim até à sua recuperação após uma lesão aguda.
Quais os riscos?
As complicações são raras e relacionados com a colocação do cateter venoso central, nomeadamente a hemorragia e a infeção. Outras complicações também raras incluem arritmias ou trombose.
PROCEDIMENTOS ENDOSCÓPICOS
As técnicas endoscópicas do tubo digestivo são realizadas por um médico Gastrenterologista.
A endoscopia digestiva alta é um procedimento utilizado para visualizar o tubo digestivo superior, desde a boca até ao duodeno, e a colonoscopia é um procedimento utilizado para visualizar o intestino grosso (cólon) e o reto, ambos realizados através de um tubo flexível equipado com uma pequena câmara na extremidade.
Quais os benefícios?
A endoscopia possibilita a realização de atos, como biópsias (colheita de amostra de tecido para análise histológica) e de terapêuticas como a extração de pólipos ou o controlo de hemorragia.
As suas indicações para a realização deste procedimento em UCI estão relacionadas com situações emergentes, como sejam perda de sangue agudo (hemorragia) pelo tubo digestivo e para tratamento de outras situações como colocação de próteses no tubo digestivo.
Quais os riscos?
As complicações da endoscopia digestiva alta são raras, seno um exame seguro.
As complicações mais frequentes são a perfuração e hemorragia. Pode ser necessária a realização de cirurgia urgente por hemorragia não controlável ou por perfuração.
Acesso e Contactos
Localização: Hospital de São Francisco Xavier
Morada: Estrada do Forte do Alto do Duque | 1449-005 LISBOA
Email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Tefl.: 210 431 233